Subject: Mais espécies deslizam em direcção à extinção
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Em destaque: Mais espécies deslizam em direcção à extinção
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A IUCN refere que a perda de biodiversidade está a acelerar apesar da convenção global que vincula os governos na sua protecção. "A Red List de 2006 mostra uma tendência clara: a perda de biodiversidade está a aumentar e não a diminuir", diz o director-geral da IUCN Achim Steiner. "As implicações desta tendência para a produtividade e resistência dos ecossistemas, bem como para o modo de vida de biliões de pessoas que deles dependem são imensas." Ao todo, 16119 espécies estão incluídas na Red List deste ano, o senso mais detalhado e fiável da saúde geral dos reinos Animal, Vegetal e dos Fungos. Isto representa mais de um terço do número total de espécies analisadas, a lista inclui um em cada três anfíbios, um quarto das coníferas e um em cada quatro mamíferos. "Quanto mais espécies avaliamos mais espécies ameaçadas encontramos", comenta Jean-Christophe Vie, coordenador-assistente do programa para as espécies da IUCN. "E como é um esforço imenso avaliar uma espécie, para recolher toda a informação necessária, ouvir todos os peritos e por aí fora, 16 mil é um número vastamente inferior ao real problema que enfrentamos." Os ursos polares são particularmente afectados pela perda de gelo árctico, situação que a IUCN atribui às alterações climáticas. Estes animais precisam de gelo flutuante para caçar focas e sem ele as suas fontes alimentares entram em declínio. Também existem evidências de que as cavernas na neve onde criam os filhotes estão cada vez a descongelar mais cedo. Os ursos polares são listados como Vulneráveis à Extinção com base em previsões de que o seu efectivo populacional irá decair entre 50% a 100% nos próximos 50 a 100 anos.
O declínio do hipopótamo vulgar no Congo levou à sua listagem como Vulnerável apesar de outras populações africanas, incluindo a maior, na Zâmbia, se terem mantido estáveis. O muito menos conhecido hipopótamo pigmeu tem sido igualmente afectado pelo abate ilegal da floresta e por falta de protecção legal em muitas nações da África ocidental, tendo visto o seu estatuto elevado de Vulnerável a Ameaçado.
Alguns destes são peixes em tempos vulgares nos pratos europeus. O tubarão-anjo foi declarado Extinto no Mar do Norte e Criticamente Ameaçado a nível global, enquanto o estatuto da vulgar raia também foi actualizado para Criticamente Ameaçado. |
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A IUCN considera que com as pescas a expandirem-se para águas mais profundas de modo geral mal reguladas, as populações de muitas espécies vão decair drasticamente. "A situação desesperada em se encontram muitos tubarões e raias é apenas o topo do icebergue", diz Craig Hilton-Taylor da IUCN Red List Unit. "É crítico que sejam tomadas medidas para melhorar grandemente as práticas pesqueiras e as técnicas de gestão dos stocks, bem como a implementação de medidas de conservação, como áreas de restrição às pescas, regras de diâmetro da malha e quotas internacionais de capturas, antes que seja tarde demais." No Mediterrâneo, os peixes de água doce estão a aguentar-se bem pior que os seus colegas marinhos. Cinquenta e seis por cento das 252 espécies endémicas do Mediterrâneo estão ameaçadas de extinção, enquanto na África oriental um quarto dos peixes de água doce estão em risco, o que pode ter importantes consequências para uma população humana altamente dependente da proteína de peixe.
A IUCN salienta alguns sucessos de conservação entre as bem mais frequentes histórias de desaparecimento em direcção ao esquecimento. O número de águias de cauda branca tem subido a pique em muitos países europeus e o estatuto desta ave passou de Quase Ameaçada a Baixa Preocupação. Uma decisão recente do governo indiano para descontinuar a utilização de uma droga veterinária que vinha a envenenar o abutre vulgar, levando a quebras de efectivo da ordem dos 97%, também é citada como uma medida simples que pode levar a grandes sucessos. Ainda assim, a mensagem de fundo é que a biodiversidade continua a diminuir, apesar da Convenção das Nações Unidas sobre Biodiversidade que vincula os governos a inverter esta tendência até 2010. Jean-Christophe Vie acredita que há um grande fosso entre o que os governos estão a prometer e as acções que levam a cabo. "Tudo o que vemos mostra que não há acções", diz ele, "e há muito pouca hipótese de se atingir esse objectivo a não ser que haja uma alteração drástica e os governos decidam atacar a raiz da questão da extinção das espécies." |
Saber mais: IUCN - the World Conservation Union Biodiversidade está a desaparecer Hipopótamos estão a desaparecer de lagos africanos Alerta de extinção para 800 espécies
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