Subject: Greenpeace rejeita relatório sobre Chernobyl
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Em destaque: Greenpeace rejeita relatório sobre Chernobyl
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Os efeitos sobre a saúde do desastre nuclear de Chernobyl, na Ucrânia há 20 anos, foram subestimados de forma grosseira, consideram as organizações ambientalistas. Os números oficiais das Nações Unidas prevêem até 9 mil mortes por cancro relacionadas com Chernobyl mas a Greenpeace refere no seu relatório, publicado na terça-feira, que os estudos mais recentes estimam que o número real de mortes pode atingir os 93 mil. Salientando que há problemas de diagnóstico, esta organização ambientalista acrescenta que outras doenças podem levar o número de mortos aos 200 mil. "O nosso problema é que não existe uma metodologia aceite para calcular o número de pessoas que podem já ter morrido com essas doenças", refere o membro da Greenpeace Jan van de Putt. "A única metodologia aceitável é o cálculo de cancros mortais." A explosão e o fogo na central nuclear de Chernobyl em Abril de 1986 foi o pior acidente nuclear a nível mundial até à data. Causou uma nuvem de partículas radioactivas que se espalhou sobre grande parte da Europa e muitos milhões de pessoas ainda vivem em zonas contaminadas. O número das Nações Unidas, entre 4 mil e 9 mil mortes extra por cancro, faz parte do relatório publicado em Outubro passado pelo Fórum Chernobyl. No relatório, a Organização Mundial de Saúde reduziu dramaticamente a estimativa de mortes devido ao acidente de Chernobyl, sugerindo que teria havido alguma confusão em relação ao impacto do acidente. Muitos trabalhadores das forças de socorro e de trabalho, sugere o relatório, que morreram desde 1986 morreram de causas naturais não relacionadas com a exposição a radiação. Mas no seu relatório a Greenpeace sugere que existem 270 mil casos de cancro atribuíveis à exposição à radioactividade de Chernobyl e que desses cerca de 93 mil serão fatais. Blake Lee-Harwood, director de campanha da Greenpeace, considera que o cancro deverá ser a causa de morte de menos de metade das vítimas totais. |
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A doutora Oxana Lozova, que trabalha no hospital infantil do distrito de Rivne, a 300 Km a oeste de Chernobyl, refere que muitas gerações parecem ter sido afectadas pelo desastre. "Penso que a radiação de Chernobyl afectou a imunidade das crianças da altura, temos agora adultos muito mais fracos que tinham sido os seus pais e avós." A Organização Mundial de Saúde considera que comparar os relatórios das Nações Unidas e da Greenpeace era como "comparar alhos e bugalhos". "O relatório da Greenpeace analisa toda a Europa, enquanto o nosso apenas analisa as zonas mais afectadas dos 3 países mais atingidos", comenta o porta-voz da OMS Gregory Hartl. "A OMS considerou necessário recorrer aos melhores estudos e provas científicas, nacionais e internacionais, quando se trata de estimativas como as de até 9 mil novas mortes nas zonas mais afectadas. Estamos muito seguros da nossa estimativa." Hartl também rejeita as acusações de cedências perante a industria nuclear na elaboração do relatório. "Não estamos a desculpar nem a acusar a industria nuclear", diz ele. O relatório original considerou que mais de 600 mil pessoas receberam altos níveis de exposição a radiação, incluindo o pessoal do reactor, de emergência e os residentes das zonas envolventes. |
Saber mais: Greenpeace Chernobyl study [2.1 MB]
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