Subject: Europa vai ter energia obtida a partir de ervas
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Em destaque: Europa vai ter energia obtida a partir de ervas
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Os últimos estudos sugerem que uma das formas de bambu chinês (conhecido frequentemente por erva-elefante) seria uma "colheita energética" muito produtiva, se usada como combustível em centrais de produção de electricidade. Um grupo de cientistas explicou na conferência científica de Dublin que as plantas com 4 metros de altura do género Miscanthus necessitam de muito poucos fertilizantes para se desenvolverem a tal altura. Um programa de reprodução dirigido iria aumentar o seu valor económico ainda mais, consideram. "Não há razão para que daqui a 10 anos este não seja um recurso vastamente explorado", comenta Mike Jones, perito irlandês em plantas e clima. "Se cultivássemos Miscanthus em 10% das terras aráveis existentes na Europa [a 15], poderíamos gerar 9% das nossas necessidades em electricidade", disse ele perante o British Association's Festival of Science. A queima de biomassa é, de modo geral, neutra em termos de emissões de dióxido de carbono, o principal responsável pelo aquecimento do planeta. "Ao crescer, a planta retira dióxido de carbono do ar", explica Steve Long, da Universidade do Illinois, Estados Unidos. "Quando a queimamos, devolvemos esse dióxido de carbono, pelo que o efeito global no dióxido de carbono atmosférico é zero. Pelo contrário, se retiramos carvão do solo e o queimamos, estamos a acrescentar dióxido de carbono à atmosfera." |
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Long tem vindo a cultivar um híbrido de duas espécies do género Miscanthus em parcelas no seu estado natal. O projecto conseguiu obter 60 toneladas de material seco por hectare, um progresso considerável em relação aos testes realizados na Europa, onde a colheita típica é de 12 toneladas por hectare. Mas mesmo esta produção europeia mais reduzida é significativa, pois os investigadores referiram que a energia obtida substituiria cerca de 36 barris de crude. Com o barril actualmente a cerca de $60, uma colheita assim tem o valor potencial de $2160 por hectare. "As colheitas de biomassa com objectivos energéticos têm sido vistas como algo que apenas pode ter uma contribuição mínima no controlo da subida do teor de dióxido de carbono na atmosfera", comenta Long. "O que queremos salientar é afinal podem ter uma contribuição importante e sem necessidade de grandes avanços tecnológicos." Os agricultores estão cada vez mais atraídos pela ideia. Uma das suas atracções é o facto da colheita da erva-elefante ser feita em épocas do ano em que a maquinaria não está a ser usada nas colheitas alimentares. Jones acrescentou: "Esta hipótese está a ser levada muito a sério no Reino Unido, onde o Department for Environment, Food and Rural Affairs está a financiar um programa de reprodução aprofundado." |
Saber mais: Science for a Successful Ireland
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