Subject: Alterações climáticas ameaçam lagos árcticos
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Em destaque: Alterações climáticas ameaçam lagos árcticos
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Grupos de organismos aquáticos árcticos mostram padrões de alteração ao longo dos últimos 150 anos que são consistentes com efeitos induzidos pelas actividades humanas. As alterações observadas no Árctico são provavelmente indicativas de outras, mais abrangentes, que estão a ocorrer em todo o mundo. Na apresentação dos resultados do seu estudo, a equipa canadiana descreveu o Árctico como o "canário das alterações ambientais". "Espera-se que as regiões polares sejam as primeiras a mostrar sinais do aquecimento global, logo são consideradas sentinelas das alterações climáticas", diz o co-autor Alexander Wolfe, da Universidade de Alberta, Canadá. "Infelizmente, não há dados rigorosos de vigilância destas áreas, o que dificulta a determinação da magnitude das alterações climáticas do passado." A equipa de investigadores descobriu o que consideram "efeitos provavelmente irreversíveis do aquecimento árctico" em 55 lagos, abrangendo cinco países circumpolares e estendendo-se por metade do globo. Analisando os sedimentos do fundo dos lagos, foram capazes de olhar para o passado e verificar que comunidades aquáticas de algas, crustáceos e larvas de insectos existiam há centenas, por vezes milhares, de anos. "Os lagos acumulam lentamente sedimentos ao longo do tempo, são como um livro de história", diz o investigador principal John Smol, da Queen's University, Canadá. "Pudemos assim reconstruir ambientes do passado, numa época em que ninguém media nada." O que descobriram foi marcante: as comunidades permaneciam praticamente estáveis até meados do século XIX, quando as alterações começaram a ocorrer. A mais dramática ocorreu nos últimos 30 anos. "O tempo das alterações é certamente consistente com a interferência humana e com uma das mais óbvias é o aquecimento global", diz a bióloga Kathleen Ruhland, da Queen's University. "É outro exemplo da forma como a humanidade estão, directa e indirectamente, a afectar a ecologia global." A natureza das alterações depende do tamanho do lago e da sua localização. Por exemplo, alguns lagos apresentam uma maior biodiversidade por estarem mais tempo livres de gelo. "No alto Árctico, alguns destes lagos ficavam congelados durante 11 meses de um ano, mas agora penas congelam 10 meses, uma alteração de 100%", explica Smol. "Não é surpreendente que tenha tido um efeito dramático nos organismos aquáticos." |
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Outros lagos profundos, que geralmente apenas descongelam nas suas zonas mais rasas no Verão, estão agora a descongelar até maiores profundidades, o que significa que organismos normalmente associados a águas profundas estão a surgir pela primeira vez. Apesar da equipa estar confiante de que ninguém nega que as alterações climáticas estão em curso, sabem que algumas pessoas ainda não acreditam que elas sejam devidas ao aquecimento global. Por exemplo, a poluição também está a aumentar, tal como a radiação ultravioleta, e talvez esses sejam os responsáveis pela situação.
"Em lagos dessas áreas, não observámos alterações, o que me parece significativo", diz Smol. "Se as alterações fossem devidas à poluição, por exemplo, também aqui seriam claras." Os organismos que a equipa está a analisar formam a base da cadeia alimentar aquática dos lagos árcticos, pelo que Smol acredita que estas alterações provocarão um efeito dominó nos níveis superiores da cadeia. "Todos estes organismos são alimento para outros, mais acima na cadeia alimentar", explica ele. "Infelizmente é mais difícil estudar esses efeitos porque os peixes e outros organismos maiores não dão bons fósseis." |
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@ Born to be Wild & À Descoberta da Vida, 2005 |