Subject: Prémio Nobel para cromossomas
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Prémio Nobel para cromossomas
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Elizabeth Blackburn, Carol Greider e Jack Szostak partilham o prémio pelo seu trabalho que revelou como os cromossomas podem ser copiados e ajudou à nossa compreensão do envelhecimento, cancro e células estaminais. A resposta para estas questões reside nas extremidades dos cromossomas, os telómeros, e na enzima que os forma, a telomerase. O nosso genoma é composto por 46 cromossomas, que não são mais que segmentos de DNA. Quando uma célula está prestes a dividir-se esse DNA, uma molécula com duas cadeias antiparalelas, tem que ser copiado mas os cientistas estavam confusos com uma anomalia. Para uma das duas cadeias de DNA há um problema: a sua extremidade não pode ser copiada, logo os cromossomas ficariam mais curtos de cada vez que a célula se divide. Mas isso, na realidade, geralmente não acontece pois se os telómeros ficassem repetidamente mais curtos as células envelheciam rapidamente. Por outro lado, se o comprimento do telómero se mantivesse, a célula viveria para sempre, o que também seria problemático, como no caso das células cancerosas. Os vencedores deste ano do prémio resolveram este mistério quando descobriram de que forma o telómero funciona e encontraram a enzima que o copia. Elizabeth Blackburn, da Universidade da Califórnia, San Francisco, e Jack Szostak, da Escola de Medicina de Harvard, descobriram que uma sequência única de DNA nos telómeros os protege dessa degradação. A eles juntou-se Carol Greider, da Universidade Johns Hopkins, então estudante de graduação, e Blackburn começou a investigar de que forma os próprios telómeros eram fabricados e as duas descobriram a telomerase, a enzima que permite à DNA-polimerase copiar todo o comprimento do cromossoma sem falhar a extremidade. A sua investigação levou a que outros se pusessem em campo em busca de novas formas de combater o cancro. Espera-se que o cancro possa ser tratado erradicando a telomerase. Vários estudos estão já em curso nesta área, incluindo testes clínicos para avaliar a segurança e eficácia de vacinas dirigidas contra células com níveis elevados de actividade da telomerase. |
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Algumas doenças hereditárias são afectadas por defeitos na telomerase, incluindo certas formas de anemia em que há divisões celulares insuficientes das células estaminais da medula óssea. A Assembleia Nobel do Instituto Karolinska da Suécia, que atribuiu o prémio, diz: "As descobertas ... acrescentaram uma nova dimensão à nossa compreensão da célula, lançaram luz sobre os mecanismos da doença e estimularam o desenvolvimento de potenciais novas terapias." Carol Greider, diz que recebeu o telefonema com a notícia de que tinha ganho logo de manhã. "É muito excitante, é algo que não esperava." Elizabeth Blackburn, partilha o seu entusiasmo: "Os prémios são sempre bons, não alteram a investigação por si só mas é óptimo receber o reconhecimento e partilhá-lo com a Carol Greider e o Jack Szostak." Roger Reddel, do Instituto de Investigação de Medicina Infantil de Sidney, Austrália, comenta: "A história da telomerase é uma espantosa ilustração do valor da investigação básica." Leszek Borysiewicz, executivo-chefe do Conselho de Investigação Médica, diz: "Estendemos os nossos parabéns a Blackburn, Greider e Szostak pelo seu prémio Nobel de 2009. A sua investigação sobre os cromossomas ajudou a estabelecer as fundações para os trabalhos sobre o cancro, células estaminais e mesmo sobre o envelhecimento humano, áreas de investigação que continuam a ter enorme importância para os cientistas e para as muitas pessoas que irão beneficiar das descobertas por eles feitas."
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